domingo, 10 de agosto de 2014

Lesser Versions



"Sometimes I think I have felt everything I'm ever gonna feel. 
And from here on out, I'm not gonna feel anything new. 
Just lesser versions of what I've already felt." Theodore, Her

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Migalhas


Esse é mais um daqueles dias,
      com o mesmo pensamento incessante:
             "..não importa o que você faça...
                     ...o quanto queira...
                            ... o quanto se sacrifique...
                                 ...os melhores momentos da sua vida
                                       ....você já viveu.
                                            ... a arte e a beleza dos teus dias vindouros...
                                                  ... está em aprender a lidar com as migalhas."

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Mais um dia sem tempo.
Queria falar mais.
mas... ultimamente... organizar os pensamentos tem exigido trabalho e paciência.
quem sabe amanhã...

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Babaca



É uma lembrança eterna
que vai e volta sem querer

Eu
Entrando no ônibus aos 14, indo para o cursinho pré-vestibular
Ela no fundo. Sentada. Sozinha. Indiferente.
Entretida com tantos pensamentos
E uma postura que unia maturidade e rebeldia.

Eu? O primogênito. Filho Exemplo. O Babaca.
A perfeição não era uma escolha. Era obrigação.
Era tímido demais para olhar pra ela por mais de 3 segundos
E tão pouco tinha coragem para sentar próximo.

Eu ficava no meio do ônibus, com os meus tantos pensamentos
Imaginando se ela havia me notado.

Descíamos em pontos de ônibus diferentes.
Mas íamos para o mesmo cursinho. Mesma sala.
Isso se repetiu por meses.

Uma vez ela sentou na minha frente.
E quando foi beber água, li seu nome.
E desde então nunca mais esqueci.

Fizemos prova pra Escola Técnica e quando saiu o resultado
Procurei o nome dela primeiro. Ela passou. Eu também.
Não demorou muito para termos amigos em comum.
Descobri que ela morava a umas 3 quadras de distância.
Às vezes voltávamos juntos. E eu a acompanhava até a casa dela.
No portão da casa dela, ela me dava um beijo no rosto de despedida.

Uma vez fomos no cinema: eu, ela e uma amiga nossa.
O filme? Beleza americana.
Ela pegou na minha mão.
Assistimos o filme inteiro de mãos dadas.
O babaca aqui não fez nada.

Passei a semana seguinte pensando em quão idiota eu era
ponderei (como um adolescente de 15 anos ponderaria)
e decidi me declarar.
Minutos depois, eu a vejo vindo em minha direção
De mãos dadas
com um amigo em comum.

Eles namoraram por anos.
Desde então eu desisti.
Tive minha chance. E desperdicei.

Os anos passaram.
Encontrei com ela pouquíssimas vezes.
Nos últimos 12 anos devo tê-la visto umas 3 vezes.
Dito um “oi” uma.

Hoje eu tive que deixar meu carro na oficina
Quando voltava, parei em uma loja de brinquedos
para comprar um presente para um aniversário hoje.
Voltei pra casa a pé. Um percurso de 20 minutos.

A encontrei.
Ela parou. E mesmo depois do “oi, quanto tempo”
Ela não mostrou pressa. Mas eu sim.
Poderia ter conversado mais.
Poderia... poderia... poderia...
Disse um “Foi bom te ver” e fui embora.

Não quero calcular as chances remotas de tê-la encontrado
Ou os propósitos de um suposto “meant to be

Eu vou embora de Manaus no final do mês
Está tarde demais pra MUITA coisa
E tudo que eu mais quero evitar
É encontrar um motivo pra ficar.

Não sou o mesmo de 15 anos atrás
E não sinto mais as mesmas coisas

Mas talvez ainda seja um babaca.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Camadas



Foto: Centro Cultural dos Povos Indígenas em Belém - PA.
(Nem acredito que tirei essa foto com a câmera do celular em um daqueles momentos de paz que passam tão rápido que você nem sabe como ocorreram e até duvida que tenham existido).



Camadas


Estou aqui.
Quarta-Feira.
1:15h da manhã.
E eu acabei de terminar o que tinha planejado trabalhar hoje.

E isso vem se repetindo nas últimas 3 semanas.
Não que eu esteja reclamando.
Já tem algum tempo que parei de me preocupar com qualquer coisa e decidir tratar tudo como remediável, curável, sanável.
Decidi (para meu próprio bem) me entupir de trabalho e julgar meus problemas menores para não ter do que reclamar e tão pouco ter tempo para pensar se são realmente problemas menores.

Tem uns 9 meses desde a última vez que escreví... e os relatos supracitados explicam bem e formam a justificativa crível e inquestionável... independente de ser totalmente verdade ou não.

Sim, tenho tempo. Mas tenho o péssimo (excelente) hábito (controlador) em valorizar o tempo, onde a moeda são horas de sono.

E por essa valorização somada a lei do equilíbrio, há semanas:
- Não vejo nenhuma série... mesmo tenho episódios a um "click" de distância.
- Não continuo os livros que comecei. (sempre leio mais de um ao mesmo tempo, preciso variar senão me canso fácil. independente de quão interessante seja a leitura. Simplesmente porque o problema não é ler.
- Não vejo nenhum filme além dos que pego passando na tv. Seja nos momentos em que tenho a coragem de esperar um acabar para ver o próximo e ficar satisfeito em ver um filme inteiro. Ou trabalhar de costas para a tv e ouvir o filme. (agora está passando um com o Andy Serkis e um garoto com câncer, parece legal).
- Não consigo fazer nenhuma espécie de exercício físico programado. mesmo tendo um centro de fitness há um elevador de distância.

Mas sinceramente? isso não me incomoda.
Atualmente me encontro tropeçando em estágios irremediáveis e irreversíveis da minha vida pessoal...
Então quanto mais "suspenso" tudo esteja, melhor.

Mas não acharia ruim ter um tempo pra fazer algo mais divertido.

sábado, 13 de outubro de 2012

Everlasting


Tento não me ater ao que não irá durar

Mas como ter certezas diante do que está além do nosso alcance?

Impossível não me sentir... so powerless, so insignificant 

as usual...



N.A.: Eu realmente queria saber quem é o autor da figura.

N.A²: Levei horas pra conseguir escrever 3 linhas... sim, são tempos difíceis para os sonhadores

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Nowadays


A constatação surpreendente da caracteristica primária
e mais relevante de uma geração inteira que,
diferente de todas as viés do comportamento humano já relatados,
impressiona pela ausência de pudor e conservadorismo.
Ousado e imerso em um imediatismo contemporâneo descartável
resume-se na célebre frase: "q isso 9nha, q isso".


    Nota: sem figura dessa vez.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Nota de Desabafo n.723.981.923.834



Sim, estou farto.

Há muito tempo eu não aguento mais
e mesmo assim vaguei como alguém que prende o ar
e apenas segue
sem previsão de respirar

Não aguento tanta hipocrisia
Tanta soberba
Tanta falsidade
Pessoas que te abraçam e te criticam impiedosamente nas suas costas

Sei o quanto esse assunto é batido
Sei que pareço um adolescente de 15 anos
revoltado por tudo e por nada ao mesmo tempo

Mas antes eu tinha a quem recorrer
a quem fugir e me proteger

Hoje não.
Estou sempre exposto
Rodeado
Em todo lugar

São sorrisos vazios
Palavras vazias
Intenções torpes

Mesmo seus amigos...
Você se dedica a eles
e não consegue ver reciprocidade

Eu sou a opção de todas as minhas prioridades

É cansativo fazer piadas em que a pessoa tem que pensar
e ninguém entende.
ou você fala de uma música que ninguém conhece

Esses são meus dias
minhas rotinas
interrelações diárias
torturas inevitáveis

Já esqueci quando passou dos limites
Já me perdi em desculpas e esperas
Já não vejo respostas e nem justificativas

Algo drástico e absurdamente substancial precisa ser feito
... e talvez novas portas estejam abrindo.
...na marra
e no meu melhor estilo.

...Eu nunca me dei bem com essa calmaria anyway